"De onde viriam as aterrorizantes e misteriosas criaturas que vagueiam à noite por matas, florestas e locais mais afastados, como se estivessem em busca de alguma vítima ou possível caça, desaparecendo por completo em seguida?
O que importa é que nunca devemos duvidar de sua existência, poroque um dia poderemos nós mesmos sermos as próximas vítimas!"
O Relato a seguir mostra um terríveis acontecimentos!
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Eu tenho as cicatrizes até hoje para provar que aquilo que vou contar aqui aconteceu de verdade!
Um amigo tinha me chamado para ir com ele para uma chácara de um parente dele
que fica lá em Minas.
Não estou lembrado do nome da cidade, mas fica a quase
cinco horas de viajem saindo de São Paulo.
Nós íamos passar o final de semana
lá, então saímos na sexta a tarde de São Paulo.
Fomos nós dois com as nossas respectivas namoradas.
A viagem para lá, apesar de
tranqüila foi muito cansativa.
Quando chegamos lá já estava de noite.
Enquanto o
meu amigo foi falar com o caseiro da chácara, eu e as nossas namoradas fomos
tirar as coisas do carro e arrumar tudo.
Para dar aquela relaxada, fizemos umas caipirinhas e resolvemos fazer um
churrasco na beira da piscina (de noite mesmo).
Ficamos lá a noite toda,
nadando, comendo e bebendo, falando besteira e contando umas piadas bestas, coisas para se divertir.
Depois de
um bom tempo, a carne já tinha acabado, a bebida também e o sono começou a
aparecer.
A essa altura já estávamos falando mais baixo, conversando sobre como
era calmo lá, e como dava para ver mais as estrelas e essas diferenças que o
pessoal que mora nas cidades grandes sentem quando vão para o campo.
Num momento
de silêncio, ouvimos um barulho vindo do meio do mato.
Como estávamos no campo,
pensamos que era só algum animal selvagem.
O som era de alguma coisa andando ao
nosso redor no matagal que cercava a piscina.
Achamos que o cheiro da carne
podia ter atraído algum bicho.
Como já estava tarde, resolvemos não nos
preocuparmos muito com isso e simplesmente ir dormir.
No dia seguinte o meu amigo foi perguntar ao caseiro o que poderia ser que
estava rondando a piscina na noite anterior, e só então que ele lembrou de
falar, que tinha algum bicho estranho rondando a chácara e as fazendas da
vizinhança, e que já tinha atacado (e matado) um cachorro de uma fazenda próxima
dali.
Quando ele veio nos falar isso, nós ficamos um pouco preocupados, mas nem
tanto, afinal era só um bicho selvagem qualquer que tinha atacado um cachorro.
Não era nenhuma matilha de lobos sedentos de sangue que tinha dizimado toda a
produção bovina da região.
Então ficamos apenas curiosos imaginando o que podia
ser. Mas pouco tempo depois, nem estávamos mais pensando nisso.
O dia foi passando, nós fizemos uma caminhada pela redondeza, voltamos para a
chácara, almoçamos e passamos a tarde na piscina.
Quando chegou a noite,
resolvemos fazer pizza e jogar baralho na varanda da casa, já que estava quente
demais para ficar lá dentro.
No meio do jogo, começamos a ouvir novamente um barulho vindo
do meio do mato perto da piscina.
Assim que ouvimos, eu e o meu amigo nos
olhamos e falamos, "é o bicho!"
No começo não demos muita atenção, mas com o tempo a curiosidade foi crescendo e
começamos a comentar o que podia ser.
Não demorou muito para que eu quisesse ir lá
ver o que era.
Como não estava fazendo muito barulho, achamos que fosse algo
pequeno, do tamanho de um cachorro médio.
Nós levantamos e ficamos no limite da
luz da varanda, quase entrando na escuridão.
Os dois postes de luz que tinham na
piscina não iluminavam quase nada.
O que quer que fosse parecia estar indo de um
lado ao outro, um pouco depois da piscina.
Eu comecei a avançar na direção dele
(mas os outros ficaram parados, só olhando).
Eu fui avançando, seguindo o
barulho.
Quando eu estava quase chegando perto, o bicho pareceu ter me visto e
correu na direção oposta.
Eu sai correndo atrás dele. Após uma breve corrida,
silêncio.
Ele tinha parado de se mexer.
Então eu fiquei parado tentando ouvir alguma
coisa,e foi quando eu escutei o bicho correndo à minha direita, SÓ QUE ELE ESTAVA
CORRENDO NA MINHA DIREÇÃO!!!
Aquilo me assustou muito, proque em um momento eu estava
caçando ele, pouco depois eu era a caça.
Não importava muito que ele parecia ser
pequeno, era um animal selvagem me atacando.
Quando eu ia me virar para sair
correndo, ele deu um bote e grudou na minha perna, e foi então que eu me
apavorei.
Quando ele estava correndo na minha direção, eu notei que ele estava correndo de
pé, como uma pessoa!
Ele era um bípede, não um quadrúpede!
Como estava escuro,
não dava para ver direito o que era, mas era peludo, parecia um macaco.
As
patas da frente pareciam mãos, e elas tinham garras, que estavam cravadas na
minha coxa.
Então ele me deu uma mordida na perna.
Eu já tinha sido mordido por
cachorro antes, e aquilo estava doendo MUITO mais.
Ele estava abraçando a minha
perna, estava grudado em mim e estava me mordendo MUITO forte.
Com a dor eu
acabei caindo no chão, e quando eu caí, eu senti o meu ombro batendo em alguma
coisa dura.
Quando eu percebi que era uma pedra, eu peguei ela e comecei a bater
com tudo naquela coisa na minha perna.
Depois da terceira batida ele me soltou,
mas eu continuei batendo até aquilo parar de se mexer.
Então eu me levantei e
sai correndo de volta para a casa.
Quando a minha namorada me viu correndo mancando, ela achou que eu estava
brincando, até que ela viu a minha perna sangrando e veio correndo ver o que
era.
Quando eu expliquei o que tinha acontecido, eles não acreditaram muito.
Eu
falei que se eles quisessem ver, o bicho ainda devia estar lá caído no chão,
provavelmente morto.
Eles viram a minha perna, deram uma examinada e resolveram
que era melhor a gente entrar em casa e ficar lá o resto da noite.
A minha namorada veio fazer um curativo na minha perna e ela ficou impressionada
com as marcas.
A minha coxa estava toda arranhada, não chegou a sangrar muito,
só ficou como se eu tivesse enroscado a perna no arame farpado e tivesse puxado.
Mas as mordidas impressionaram.
Eram bem largas e tinham tirado bastante sangue. Mas
a sorte minha foi que não tinham sido tão profundas.
Nós ficamos o resto da noite imaginando o que podia ser aquilo e olhando pela
janela para ver se tinha mais alguma coisa lá fora.
No dia seguinte, pouco
depois de acordar, eu já queria ir lá ver se eu conseguia ver melhor o que era aquilo.
Eu e o meu amigo pegamos uns pedaços de pau que tinham por lá e fomos até o meio
do mato onde o bicho tinha me atacado.
Mas quando chegamos lá, não tinha nada,
só sangue e algumas marcas no chão.
Seja o que for aquilo, ele não se feriu de verdade e desapareceu dali.
Fomos embora de tarde sem saber o que era aquilo.
Mas uma coisa que me preocupou
muito, foi que aquilo pareceu ter feito uma emboscada! Ele sabia o que estava fazendo.
Primeiro ele atraiu a
gente (andando de um lado para o outro no mato) e assim que um de nós chegou
perto, ele fugiu (para afastar dos outros), e assim que eu estava sozinho, ele
começou a andar em silêncio, deu a volta e me atacou pelo lado!
Sem falar que
era um bípede.
Como eu falei antes, eu tenho até hoje as cicatrizes na perna para me lembrar
dessa infeliz aventura. E eu aprendi a minha lição.
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Max - São Paulo - SP |
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